Final Table da Netflix
Ontem terminei o The Final Table da Netflix – se ainda não viram o programa, FUJAM deste artigo! Eventualmente, vão haver spoilers no post, ok? Ainda estão aí, vão-se embora!
Ora, amante como sou de programas de culinária, quando vi que o Final Table da Netflix era tipo um Masterchef Profissionais, com cozinheiros de vários cantos do mundo e consagrados, obviamente que tinha de ver.
Na minha (humilde) opinião, o formato não é perfeito, mas no geral é um bom programa de entretenimento – aqui vão os pontos positivos e negativos, na minha opinião.
Final Table da Netflix: Pontos negativos

O lado visual: Do cenário à iluminação
Havia momentos em que esperava ver ali o Carlos Cruz a perguntar se alguém queria ajudar do público. Demasiadas luzes, um ambiente escuro, música dramática, enfim: demasiada edição! Sinceramente, não fazia falta!
Quanto ao episódio final, o que foi aquilo? A cena final, com a mesa, a cadeira livre, o vencedor a chegar e a sentar, com as luzes apontadas! Too much!
Quanto ao público, o que fazia ali o público? Na minha opinião, era dispensável.
Falta variedade/diversidade
Apesar de haver variedade, havia falta de variedade, perceberam?! Ainda mais num programa que dedicou dois episódios à comida norteamericana e à inglesa – por favoooooor! Onde está a comida do médio-oriente e árabe? Como é que da culinária asiática só aparece a japonesa? E indiana, vá! E nem um cheirinho a África? Achei mau!
Quanto à falta de variedade/diversidade dos concorrentes, o programa acabou por ser um bom reflexo do que se passa no mundo da cozinha profissional: homens brancos por todo o lado. E ocidentais!
O vencedor
Novamente: se ainda não viram o The Final Table da Netflix, saiam daqui! Obviamente que num formato destes, onde não provamos, nem cheiramos a comida, vamos pelo que vemos e por simpatia! Contudo, o vencedor foi para mim uma verdadeira desilusão, pois foi alguém que:
- Durante todo o programa não se destacou por aí além
- Jogou pelo seguro e fez algo que já sabia e conhecia. Todos arriscaram, excepto ele.
- Durante a avaliação, pelo que a Netflix mostrou, não recebeu elogios muito incríveis
Final Table da Netflix: Pontos positivos

A estrutura do programa
Os dois desafios: um baseado num prato típico e outro num ingrediente característico do país. Deste modo, podemos conhecer mais sobre cada país, a sua história e ingredientes.
O primeiro grupo de júris
No primeiro desafio, os concorrentes eram julgados por três pessoas desse país, entre eles um crítico de comida. Sinceramente, eu gostava muito desta parte, porque no fundo estes três representavam o “gosto das pessoas comuns”, nós! Neste sentido, foi interessante ver o boxer mexicano e que pedia mais picante, a destacar um taco de insectos; italianos a gostarem de outros tipos de massa (eles que são tão dogmáticos com a comida italiana) ou os espanhóis a premiarem a paella que mais lhes fazia recordar a comida da mãe. Comida também é isto: história e cultura.
Os chefes escolhidos
De todos os chefes que foram escolhidos para representar o seu país, só esperava um pouco mais do italiano (sinceramente, pensei que seria o Massimo Bottura) e da chefe brasileira – queria muito que fosse o chef Alex Atala, pois gosto muito do seu trabalho e da relação que tem desenvolvido com a Amazónia. Todavia, não se pode ter tudo, certo? Os outros chefes eram bem catitas, sobretudo o mexicano, o dono daquela coisa toda!
Os participantes
Primeiro, todos eram realmente talentosos e genuinamente empenhados, o que dava gozo na hora de ver o programa. Era incrível ver o que aquela gente conseguia fazer numa hora! Obviamente, havia também muuuita coisa que dava vontade de comer!
Por último, é interessante ver como trabalham, apreciar os processos criativos e o modo como cada um trabalha – e até ficar a conhecer um pouco mais da personalidade de cada um. Todavia, sem dramas!
Concordo com a sua crítica. Eu gostei do programa, mas o vencendor foi uma decepção. Comecei a estranhar quando o prato do americano , que estava salgado e não destacava o ingrediente principal, o ovo,, ganhou no penultimo episódio. O mesmo americano colocava bacon em todas as preparações. E no fim fez um prato que não inovou em nada. O programa deveria ter usado o critério que o ultimo prato deveria ser algo novo e inédito, que utilizasse o que eles aprenderam ao longo do programa.
Eu tb concordo.
Além disso, ver um americano que mete bacon em tudo a ganhar… doi. Mas também custa-me acreditar que aqueles chefes todos se compremetessem(a eles e à sua carreira e credibilidade) ao ponto de premiar algo que não fosse mesmo bom.
Final decepcionante,não acreditei! Pra mim, o programa perdeu todo o crédito.
eu tb me senti um pouco defraudada, mas enfim: é TV. Vale o que vale. Todos têm carreira feita e estão bem na vida 🙂 Valeu pelo resto… ou não?
Concordo completamente. A competição, que estava indo bem, perdeu totalmente a credibilidade quando a dupla americano/canadense foi para a final com um prato que estava muito salgado e não valorizava o ingrediente principal. E, na final, ver o cozinheiro americano defendendo com unhas e dentes o concorrente americano foi ridículo
Bom ver que não estou sozinha! Acho que, graças ao final, perdeu um pouco a credibilidade – mas venha mais um 🙂
Amei 90% do programa, da estrutura, da iluminação destacando os pratos, da organização, e principalmente da ideia de destacar um prato de cada país e chamar personalidades e chefes daquele local pra julgar, isso foi perfeito pra mim! faltou africa? faltou, mas faltou uma porrada de outro países, principalmente a China! acho que daria pra por a china e um país da africa, e colocar mais 2 episódios ao invés de eliminar 2 candidatos! isso seria legal! sobre a final, eu não gostei do resultado, é claro que o americano não merecia, havia melhores, a questão é que não ganha quem aparenta ser o mais habilidoso, ou quem se destaca mais por sua personalidade/carisma, mas quem se adapta e conversa melhor com o que os chefes pedem! e ele fez isso bem! eu só acho que na hora do julgamento final, ouve divergência entre os chefes, e o Critico americano, queria por que queria empurra pra votação no americano, eu sinceramente acho esse tipo de votação um erro, nunca vai existir consenso, cada um tem suas prioridades no julgamento! o julgamento correto na final deveria ser por voto, o prato que recebeu mais voto ganha, é simples e prático!
Olá Samnuel. Tb concordo que faltavam representar muuuuitas culinárias. Inclusive, os candidatos não jogavam todos no mesmo campeonato. Uns estavam lá pq eram mais inovadores, outros pela experiência. Ou seja, havia sempre desigualdades. O mesmo com o formato, como mencionou.
Acho que muita gente ficou tb chateada com o vencedor, muito pelo chefe americano. Mas enfim, é um programa, vale o que vale 🙂
Por mim, podiam fazer mais, não acha?
acho sim! seria otimo!
Um que explorasse culinárias menos conhecidas. Afinal, é um excelente canal para dar a conhecer outras gastronomias 🙂
É engraçado ver alguns comentários desmerecendo o chef Timothy, simplesmente o americano que liderou por uma década um dos maiores restaurantes franceses fora da França e chegou mais longe que qualquer americano numa prova de COZINHA FRANCESA. Dizer que o cara n inovou ainda vai mais longe, o fato dele já ter um prato concebido, n significa que o prato é inovador, até pq combina elementos que n são comuns em um só prato, cozinhas das duas costas americanas e um pouco do meio-oeste. Fora que eu acho q vcs n ouviram o que disse o apresentador: “façam uma cozinha que represente vocês”. O cara fez um molho de chocolate picante, pra acompanhar, num prato francês, no penúltimo desafio, isso por si só já é ousadia suficiente. Pior mesmo é ver gente desmerecendo o GÊNIO que é o Grant, que praticamente criou essa cozinha molecular que vcs tanto gostam. Cultura de Xantana e inovação adoidada segue por aqui, num país que acaba de “descobrir” a alta gastronomia. Quanto à crítica, desmerecer Gracco e a Rizzo vai de encontro aos comentários abobados que aqui vemos. Só concordo em uma coisa, realmente a edição e o jogo de luzes tem que ser revisto urgentemente.
É apenas uma opinião 😛 Não se exalte ahah